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UMA MÃE À ESPERA

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A volta de Rafael Braga para casa POR JULIANA PASSOS 19 DE SETEMBRO DE 2017 A mãe, Adriana Braga, junto a Rafael Braga e à irmã Crislaine Braga de Oliveira. A tuberculose, que matou um colega de cela, foi o motivo da liberdade provisória ARTE: JOÃO BRIZZI Fazia dois dias que a catadora de sucata Adriana Braga esperava pela volta do filho, Rafael Braga Vieira, 29 anos, preso em dezembro de 2013 por porte de dois frascos de produtos de limpeza – que a polícia disse ser matéria-prima para a confecção de bombas usadas em manifestações. No meio da tarde da última sexta-feira, sem saber o que fazer, ela foi dormir. “Já dormi, já acordei. E nada de ninguém”, reclamou. Na quarta à noite, a Justiça havia autorizado o cumprimento da pena em prisão domiciliar a Rafael, que pleiteava o direito de tratar em casa uma tuberculose adquirida na cadeia. Sem informação sobre os trâmites legais, a mãe aguardou por ele durante todo o dia de quinta. Telefonei para ela ao cair do sol para dar a n

Rafael Braga segue para prisão domiciliar

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Fonte: VICE Brasil   CARLA CASTELLOTTI Set 15 2017, 4:37pm            Após o Habeas Corpus concedido pelo STJ, o ex-catador poderá tratar a tuberculose em casa. Rafael Braga segue da penitenciária de Bangu 2 para casa, no Rio de Janeiro, na tarde desta sexta-feira (15). Depois que o ministro Rogério Schietti, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), deferiu liminarmente o habeas corpus, o ex-catador ganhou o direito de tratar a tuberculose em prisão domiciliar.                         Rafael Braga na saída de Bangu. Foto: Matias Maxx/VICE O advogado da defesa de Braga Lucas Sada explica que o Habeas Corpus substitui a prisão preventiva pela domiciliar, "mas ainda é uma privação de liberdade". "A única autorização que ele tem para sair [de casa] é para fazer o tratamento. Não há um prazo estipulado [para a prisão domiciliar], mas a decisão está vinculada ao tratamento", pontua o advogado.                                                             Foto:

Historiadora defende que a palavra mulata não vem de mula

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Lita Chastan, autora de "Por Que América", propõe uma nova etimologia para o termo polêmico que recentemente voltou à discussão no país Redação: Bahia,ba                       “Duas mulatas” (1962), por Emiliano Di Cavalcanti (Foto: reprodução). A palavra mulata, cujo uso voltou a ser discutido após um bloco de carnaval do Rio de Janeiro anunciar que boicotaria a canção “Tropicália”, de Caetano Veloso, por causa do verso “os olhos verdes da mulata”, ganha agora uma nova possibilidade de interpretação etmológica, pela historiadora Lita Chastan. Comentando a proposta de boicote, Caetano se manifestou: “Na ‘Aquarela do Brasil’, canção que é globalmente conhecida como ‘Brazil’ – e que é nosso hino não oficial -, o país é chamado de mulato, logo na segunda linha. Meu pai era mulato. Me considero mulato e adoro a palavra”, disse. O problema todo seria etmológico, pela palavra provir de mula – indicando mestiçagem, hibridismo, e esterilidade. Porém, segundo Chastan, autora

'Tem tudo o que há de mais importante', diz Milton Nascimento sobre show em Florianópolis

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Artista que completa 50 anos do lançamento do 1º disco conversou com o G1 sobre a turnê Semente da Terra. Por G1 SC 15/09/2017                                                 Milton Nascimento (Foto: Nathalia Pacheco/Divulgação) O cantor Milton Nascimento faz show em Florianópolis neste sábado (16) no Centro de Cultura e Eventos da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) para apresentar a turnê "Semente da Terra". O projeto marca os 50 anos do primeiro disco do artista que "não se cansa de viver nem de cantar'. O repertório tem apelo social, reunindo canções que marcaram a carreira, além do apelo do próprio nome escolhido: pelo apoio do cantor a tribos Guarani Kaiowá e por ser o nome que ele recebeu de 37 lideranças espirituais dessa nação índigena. Milton Nascimento conversou com o G1 sobre a expectativa para o show em Florianópolis. Confira: G1 - Qual a expectativa em voltar a Florianópolis com um novo projeto? Milton Nascimento - Nunca deixo de

Fred Kuwornu participa de debate em SP sobre o doc Blaxploitalian

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   Ele já trabalhou com Spike Lee e vai falar sobre o negro no cinema italiano Fonte R7 Juca Guimarães                F red Kuwornu vai falar sobre o seu documentário       Divulgação O Selo Homens de Cor e espaço cultural  Aparelha Luzia promovem nesta quinta-feira (15) , um debate com o o diretor, ativista e roteirista afro-italiano Fred Kuwornu e a a exibição do longa metragem Blaxploitalian, dirigido por Kuwornu, que leva a um mergulho na presença negra na história do Cinema Italiano. A mediação do debate será feita pelo ator Sidney Santiago Kuanza com as presenças de Lucelia Sérgio, Viviane Pistache e Erica Malunguinho. O evento começa às 20h. Fred Kuwornu veio ao Brasil a convite do diretor Joel Zito Araújo, para participar do Festival de Cinema Negro Zózimo BulBul, edição 2017, que aconteceu no Rio de Janeiro. O documentário Blaxploitalian conta a presença de atores afrodescendentes no cinema italiano desde o cinema mudo até os dias atuais. Um trabalho híbr

Seminário Equidade Racial Nas Empresas Jornalísticas

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O Seminário Equidade Racial nas Empresas Jornalísticas tem o objetivo de elaborar uma proposta para minimizar a desigualdade, a partir de uma reflexão sobre a baixa presença de jornalistas negros e negras nas redações e sobre os resultados desse tipo de negociação em outras categorias.De acordo com a pesquisa "Perfil do jornalista brasileiro", organizada pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) epela Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) em 2012, apenas 5% dos profissionais se autodeclararam de cor preta, enquanto 18% se consideram de cor parda, diante de uma maioria absoluta de 72% de brancos. Para intervir nessa realidade, propomos a realização do seminário, que contará com um painel expositivo sobre o tema, apresentando dados e histórico da problemática, assim como o relato de experiências bem-sucedidas de promoção da equidade racial. Em seguida, os participantes vão debater e construir, de forma colaborativa, um plano de ação para incidência nessa área e

Recy Taylor, a mulher negra estuprada por seis brancos que nunca foram condenados

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74º FESTIVAL DE CINEMA DE VENEZA Vítima relata em documentário agressão que sofreu em 1944 por homens que seguem impunes TOMMASO KOCH Veneza 5 SET 2017 Fonte EL PAÍS                                                Recy Taylor, numa imagem de arquivo. Na tarde de 3 de setembro de 1944, Recy Taylor saiu da igreja. Como num outro dia qualquer. “Era a que mais se divertia de nós”, recorda diante da câmera o seu irmão, Robert Corbitt. Já anoitecia, então Taylor, junto com um amigo e seu filho, começou a voltar para casa. Tinha 24 anos, a idade em que sua vida foi destruída. Porque, de repente, um carro se aproximou dos três. Levava sete sujeitos, todos armados, todos brancos. Taylor, por sua vez, era negra. O que deveu parecer aos ocupantes do veículo um motivo suficiente para ameaçá-la e obrigá-la a subir. Levaram-na para um bosque próximo, despiram-na, e seis deles a estupraram. Ela, enquanto isso, chorava: “Tenho que ir para casa a ver o meu bebê”. Quando finalmente conseguiu sai