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Mostrando postagens de abril 29, 2017

A memória da escravatura é “dolorosa de se ver” e não cabe numa vitrine

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Exposição do museu de Arqueologia associa-se a um projecto que quer resgatar das colecções de museus, arquivos e bibliotecas de Lisboa testemunhos do tráfico de escravos, em que Portugal teve um papel central durante 400 anos. LUCINDA CANELAS Fonte: Público pt Fotos: DR É de ferro maciço, fria, rugosa, pesada. O fecho parece uma cavilha ou uma chave tosca. Sabemos que foi feita para prender seres humanos, o que já de si é muito mau, mas tudo piora quando nos sugerem que a imaginemos colocada no pescoço de uma criança ou de um adulto que poderia ter ainda algemas nos pulsos e grilhetas nos pés. “Como é que se vive assim? Como é que se dorme?”, pergunta a arqueóloga Ana Isabel Santos, enquanto vai tirando das caixas estes objectos que dominam a exposição com que o Museu Nacional de Arqueologia (MNA) se associa a Testemunhos da Escravatura. Memória Africana, um projecto do Gabinete de Estudo Olisiponenses (GEO) e da Lisboa 2017 – Capital Ibero-Americana de Cultura. Este program