Historiadora defende que a palavra mulata não vem de mula
Lita Chastan, autora de "Por Que América", propõe uma nova etimologia para o termo polêmico que recentemente voltou à discussão no país Redação: Bahia,ba “Duas mulatas” (1962), por Emiliano Di Cavalcanti (Foto: reprodução). A palavra mulata, cujo uso voltou a ser discutido após um bloco de carnaval do Rio de Janeiro anunciar que boicotaria a canção “Tropicália”, de Caetano Veloso, por causa do verso “os olhos verdes da mulata”, ganha agora uma nova possibilidade de interpretação etmológica, pela historiadora Lita Chastan. Comentando a proposta de boicote, Caetano se manifestou: “Na ‘Aquarela do Brasil’, canção que é globalmente conhecida como ‘Brazil’ – e que é nosso hino não oficial -, o país é chamado de mulato, logo na segunda linha. Meu pai era mulato. Me considero mulato e adoro a palavra”, disse. O problema todo seria etmológico, pela palavra provir de mula – indicando mestiçagem, hibridismo, e esterilidade. Porém, segundo Chastan, autora