Polícia investiga aparição de panfletos do Ku Klux Klan em cidade do Texas

Panfletos jogados em casas do condado de Galveston incluem passos para se juntar ao grupo de extrema direita, que promove xenofobia, supremacia da raça branca, homofobia, antissemitismo, racismo e anticomunismo.

Por Agencia EFE
03/06/2017

 Departamento de Polícia do Condado de Galveston, no Texas, Estados Unidos, investiga a aparição de numerosos folhetos do Ku Klux Klan (KKK) nos quintais das residências da cidade.

Segundo as autoridades locais, os panfletos incluem os passos para se juntar ao grupo de extrema direita, que promove principalmente a xenofobia, assim como a supremacia da raça branca, a homofobia, o antissemitismo, o racismo e o anticomunismo.

Os supostos integrantes do KKK jogaram os folhetos dentro de bolsas plásticas com pesos e velas, um patrão habitual usado pelo grupo, segundo afirmou o jornal local "The Daily News", do Condado de Galveston.

"O KKK nunca deixou de recrutar", disse FJ Jones, presidente da Coalizão de Democratas Afro-Americanos do Texas do Condado de Brazoria, lamentando que este não será o último ato dos próximos meses. "Há várias cidades da região - Brazoria é um condado perto de Houston e vizinho de Galveston - que são bem conhecidas pela atividade do Ku Klux Klan e sua busca por novos filiados", denunciou.

A presidente da coalizão pediu aos policiais que se esforcem para encontrar os responsáveis por esses atos.

No entanto, a União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU, sigla em inglês), principal organização de direitos civis do país, afirmou que não tem conhecimento de atividades parecidas no estado do Texas.

Outras comunidades em estados como a Pensilvânia, Califórnia, Kansas e Nova Jersey também relataram incidentes semelhantes nos últimos tempos, enquanto que moradores de Augusta (Maine) denunciaram ter encontrado panfletos nas suas casas no mês de fevereiro, segundo o "The Daily News".

A este respeito, Robert Williams, um negro do Condado de Brazoria, denunciou que o clima politico nacional "parece ter dado permissão" a organizações como o KKK e movimentos como o Alt-Right para expandir as suas atividades sem medo. "Para a maioria dos negros estas ações são simplesmente um complemento das formas mais sutis de racismo que sofremos regularmente", lamentou.

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