Startups brasileiras se unem e realizam primeira entrega de alimento por drones da América Latina


“Uma comida vinda dos céus” parece até algo fantasioso, mas não é! O delivery de alimentos feito com drone aconteceu em São Paulo e demonstra que o uso da tecnologia está alcançando cada mais outros setores e serviços.

 Startups brasileiras se unem e realizam primeira entrega de alimento por drones da América Latina
A ação aconteceu na quarta-feira (19) em São Paulo e o produto selecionado para a experiência foi a picanha vegetal do açougue vegano No Bones  

 Segundo o portal Infood, nesta quarta-feira (19), foi realizada a primeira ação de delivery por drones, autorizada, da América Latina organizada pela Relp! Aceleradora de Restaurantes e SpeedBird Aero. 

O equipamento, que carregava a 1ª picanha vegetal do mundo, da rede de açougue vegano No Bones, saiu do Parque Ecológico de Barueri, próximo à Av. Dr. Dib Sauaia Neto, em Alphaville, com destino final em Santana do Parnaíba, percorreu uma distância de um pouco mais de 1 quilômetro até chegar ao seu destino, um condomínio residencial em Alphaville. A ação recebeu a primeira autorização da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) para realizar a entrega de comida no Brasil junto com a da Força Aérea Brasileira (FAB).

A entrega ocorreu em cerca de 8 minutos, e o produto foi recebido por um courrier da empresa no condomínio, que levou da portaria até a casa do cliente.
Além da velocidade na entrega, os drones são capazes de manter uma maior qualidade dos alimentos, mantendo-os intactos e com controle de temperatura. "Mediante esses benefícios, é possível concluir que as “entregas do futuro” tem tudo para conquistar o coração do público, garantindo-lhes: menos tempo de espera, maior qualidade e zelo pelo alimento" afirma Dennis Nakamura, sócio da Relp! Aceleradora de Restaurantes. 
A primeira versão do drone da SpeedBird Aero, conta com tecnologia de hardware e software desenvolvidos no Brasil. Os aparelhos não tripulados podem transportar até 2 kg de carga, por distâncias de até 5 quilômetros e o objetivo é manter a qualidade na entrega de alimentos, sem riscos.
Empresas envolvidas na ação 
·  SpeedBird Aero - Empresa detentora e responsável pela criação e pela operação da aeronave não tripulada e de vôo automático. Sua participação foi fornecer e operacionalizar o drone com todas as suas condições técnicas satisfeitas e autorizações junto à Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) e Força Aérea Brasileira (FAB);
·  SpeedTransfer - grupo especializado em transportes terrestres criado em 2004. Sua participação no projeto foi fornecer as entregas por motocicleta e pela bicicleta elétrica;
·  No Bones - The Vegan Butcher Shop - O primeiro açougue vegano de São Paulo teve operações iniciadas em 2016. Forneceu os pedidos a serem transportados e entregues: picanha vegetal assada;
·  Relp! Aceleradora de Restaurantes - A empresa, criada em 2017, é especializada em gestão de restaurantes com inovação e maior eficiência. Seu papel foi acompanhar as primeiras viagens da proposta do drone delivery do ponto de vista do consumidor final e do restaurante;

Entregas com drones
Os testes com drones chegam em um momento de adaptação do mercado brasileiro a tendências iniciadas no exterior, principalmente por gigantes como a UberEats, que recentemente realizou testes e está promovendo a ideia de expandir suas entregas através deste método. 

O propósito foi de adquirir eficiência logística já que os drones, devem ser capazes de superar o tempo médio de entregas feitas por motos. 
Mesmo tendo tecnologia para voos autônomos, sem um piloto comandando, os testes de delivery foram e estão sendo realizados por um piloto de drones experiente, sobrevoando apenas áreas não habitadas. 
No Brasil, a ANATEL, Agência Nacional de Telecomunicações é responsável pelo registro da aeronave e um drone só pode voar com a permissão, da ANAC, que autoriza o voo e da Força Aérea Brasileira (FAB). 
Processo de aperfeiçoamento 
Atualmente ainda existem muitas barreiras para tornar esse tipo de -delivery por drone co.mercial, no entanto, o que dificulta os passos vinculados a este tipo de entrega são as incertezas sobre esses equipamentos. Risco de pane de software e hardware, colisão entre drones e com pássaros e perda de sinal de equipamento.
Ao longo dos próximos meses certamente boa parte dessas incertezas deverá ser respondida nos testes da Speedbird Aero ou até mesmo nos testes que ocorrem nos demais países e só então conseguiremos aproveitar todos os benefícios deste modal inovador.

Confira o vídeo da ação: https://youtu.be/uiBgWZ07RJ8
Crédito da foto: Iago Alencar


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