Cia Os Crespos, em comemoração aos nossos 12 anos de aniversários


Nesta sexta feira & Sábado, ás 21h nós Cia Os Crespos, em comemoração aos nossos 12 anos de aniversários com fragmentos do nosso repertório no Aparelha Luzia ( #aparelhaluzia). E teremos distribuição da Revista Legítima Defesa. Convidamos vocês. Atividade gratuita.
Cabaré d’Os Crespos na Aparelha Luzia ( Rua Apa 78 Santa Cecília ).

A atividade será inteiramente gratuita e ocorrerá nos dias 27 e 28 de outubro de 2017, no Quilombo Urbano Aparelha Luzia.

A programação é composta por fragmentos do primeiro espetáculo autoral da Cia "Ensaio Sobre Carolina", que teve sua estreia no ano de 2007 e foi baseado no best-seller “Quarto de Despejo”, da escritora Carolina Maria de Jesus. A programação conta ainda com fragmentos da trilogia "Dos Desmanches aos Sonhos" que investigou entre os anos de 2011 e 2014, o impacto da escravidão na afetividade da população Negra, com os espetáculos: “Além do Ponto”, “Engravidei, Pari Cavalos e Aprendi a Voar Sem Asas” e “Cartas á Madame Satã, ou me Desespero Sem Notícias Suas”. Após as apresentações a Cia fará um novo lançamento do segundo número da Revista “Legítima Defesa”, com entrega gratuita de exemplares.

Programação :
Dia 27/10/2017 às 21h - Fragmentos do espetáculo “Ensaio Sobre Carolina” seguido de Lançamento da Revista “Legítima Defesa”.
Dia 28/10/2017 ás 21h - Fragmentos dos espetáculos da trilogia "Dos Desmanches aos Sonhos” seguido de Lançamento da Revista “Legítima Defesa”.

 “Ensaio Sobre Carolina”

Ensaio Sobre Carolina é um discurso-canto-narrativa, Inspirado no livro “Quarto de Despejo” da escritora Carolina Maria de Jesus. Atores e espectadores formam um campo público, misturados, sentados em cadeiras velhas, cheias de histórias, como as do barraco de Carolina. A luz “caseira” ilumina a proximidade entre atores e plateia, e no entre corpos emerge a interrogação sobre os vestígios dos dias de vida dos “marginalizados” na cidade, através do olhar e da fala de uma catadora de papel sobre sua realidade e convívio na sociedade brasileira. Da fome à popularidade instantânea, o talento e a sobrevivência das “carolinas” do Brasil: seus sonhos, Seus amores e sua luta.

https://www.youtube.com/watch?v=y5eiBWfFcco&t=24s

Além do Ponto
Um casal heterossexual, em separação, move-se entre pedaços de histórias e tenta reconhecer, ao final do relacionamento, os motivos de suas dificuldades no amor.

Através de um jogo que envolve inclusive a improvisação premeditada dos atores, a história pregressa de cada personagem é revisitada, quando, depois de algum tempo separados, o casal se reencontra, a mala das recordações é aberta e, um a um, os nós da dor começam a ser desfeitos.
Ao final de nove encontros e diante do questionamento sobre um “final feliz”, a história perde seu caráter privado e passa a ser uma tarefa coletiva, onde os atores abrem a obra a um final diferente, escolhido pelo público, a cada dia.

O cenário reproduz um apartamento em que, móveis amontoados, utensílios domésticos, caixas no chão, livros e discos espalhados, tudo está prestes a ser dividido e transformado.
A trilha sonora é executada ao vivo pela DJ, que também atua como um cupido urbano na história.
Release “Engravidei, Pari Cavalos e Aprendi a Voar Sem Asas”

Em cena, a privacidade de cinco mulheres negras é flagrada quando expõem suas trajetórias afetivas, permitindo ao público entrar em seus respectivos cotidianos. Elas tentam enxergar e modificar seus destinos, como lagartas aprendendo a voar. Revelando seus medos, dores, amores e sonhos.
Em um jogo, no qual a plateia acompanha a transformação da atriz em diferentes personagens, a peça cruza fragmentos de vidas, sem necessariamente confrontá-las, entregando para o público a linha que costura seus caminhos.

A trilha sonora, executada por uma DJ, conta ainda com músicas compostas para as personagens.

https://www.youtube.com/watch?v=8MwqiPJ2ydM&t=49s

 “Cartas à Madame Satã ou Me Desespero Sem Notícias Suas

Em seu quarto, um homem negro se corresponde com a figura mítica de Madame Satã. Fragmentos de histórias revelam, através das cartas, trajetórias e casos de amor, numa cidade-país carregada de doenças, que mantém sob cárcere privado um jovem apaixonado.

A personagem, em tom confessional, mescla a força do gesto com a delicadeza no discurso, buscando a cumplicidade do espectador para tornar público uma afetividade cercada de tabus.
O ator por vezes brinca com a plateia, outras, conversa olhando nos olhos do público.

A peça é entrecortada por manifestos poéticos, através dos quais a encenação brinca com estereótipos e expõe diretamente questões políticas.

O monólogo é todo costurado por sambas que dialogam com a figura de Madame Satã e com um arquétipo negro por essa figura reconstruído.

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