Fernando Fereira de Araujo e Daniel Maranhão abrem exposição na Galeria BASE.


Texto:Douglas de Freitas

Fotos: Celina Germer              


                                                      8 artistas renomados compõem a mostra

A exposição coletiva [co]existências, que inaugura a Galeria Base, apresenta trabalhos dos artistas de distintas gerações, linguagens e suportes. 
                          (Foto divulgação) Daniel Maranhão e Fernando Ferreira de Araujo, proprietários da Galeria

Lado a lado as obras de Anna Bella Geiger, Anna Maria Maiolino, Antonio Dias, Eduardo Climachauska, José Rufino, Lygia Pape, Mira Schendel e Montez Magno constroem um olhar sobre a contaminação das linguagens, estabelecendo assim um cruzamento.

A década de 1960 na arte brasileira foi sem dúvidas marcada pela multiplicidade nas formas de expressão. Desenho, pintura e escultura, linguagens historicamente ligadas à tradição da arte, ganham um novo olhar através das proposições dos artistas, se abrindo para novas possibilidades de experimentação. Além disso, essas linguagens, deixam de se restringir ao pensamento formal, passam a responder também à preceitos conceituais. 


Questões específicas de cada linguagem passam a ser discutidas por outras, incorporam questões políticas, geográficas, espaciais, além de questionarem  suas próprias metodologias construtivas. Desenho ou pintura se revelam como ato. Linha ou mancha deixam de representar e se apresentam, expondo a ação do artista, a mão e o corpo que produz aquela marca.

Estruturas geométricas abstratas por vezes se organizam e desconstroem em territórios possíveis ou inimagináveis. São assim nos Labirintos de Montez Magno, nas gravuras de Lygia Pape e Antonio Dias, no Pão nosso de cada dia de Anna Bella Geiger e nas Cartilhas de Anna Maria Maiolino.

O corpo, sempre presente na mostra como gesto ou ação, se evidencia nas obras de José Rufino e Mira Schendel, e é convocado pelo prumo fora de eixo da escultura de Eduardo Climachauska. Vale lembrar que é também o corpo que habita possíveis territórios, labirintos e paisagens, ainda que eles sejam inabitáveis na construção dos artistas.

Desenho, pintura e escultura como formas de expressão, são vistos aqui em diferentes instâncias, seu caráter formal e conceitual revelam características próprias da produção de cada um dos artistas. Ainda assim, linha, mancha, estruturas e esquemas geométricos, e a presença de um corpo que, mesmo ausente está presentificado nas obras, estabelecem um exercício de relações possíveis, onde produções aparentemente distantes se emparelham e se aproximam.  


Titiza Nogueira e Pedro Hungria Mendes de Castro

 Anthony  Aldea, Raquel Tribon, Breno Dunkan e Ivy Santana

ANDRIANO GUIMARÃES E FELIPE WAJSS
JOÃO HENRIQUE ASSEM E EDUARDO DE ALMEIDA
VICENTE NEGRÃO E ANDRÉ COCENES)
FERNANDO FERREIRA DE ARAUJO, TAMARA PERLMAN E DANIEL MARANHÃO
 ROBERTO DE PACE E LAIR VEIS
DANIELLE NUNES E MARCELO BERGAMO
AKIRA LUIZ
ANDERSON NEVES E DUDA MUNIZ 
DOUGLAS DE FREITAS, BETH DA MATTA, DANIEL MARANHÃO E FERNANDO FERREIRA DE ARAÚJO
JAIRO GOLDENBERG E RITA MOURÃO BARBOSA 
SILMARA DE OLIVEIRA FERNANDES 
PILAR VELOSO 
PATRICIA MOTTA E SANDRA GUIMARÃES 
MIRIAM PERES 
CECILIA TAIOLI 
LUIZ CAVALLI 
FENANDO FERREIRA DE  ARAÚJO, SARA CUNHA E PEDRO PAULO MENDES 
ALINE SANCOVSKY
CASSIO OLIVEIRA 
SANDRA GUIMARÃES E FERNANDO FERREIRA ARAÚJO 

 ANDERSON NEVES, EFREM BASTOS, ANTONIO GROLLA E DUDA MUNIZ











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