1º Encontro Nacional de Juízas e Juízes Negros está com inscrições abertas

Autor: AMAERJ
As inscrições para o I Encontro Nacional de Juízas e Juízes Negros (Enajun) estão abertas até 5 de maio.
Edinaldo César Santos Junior, diretor do departamento de Direitos Humanos da Amase; Cármen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal; Julianne Marques, presidente interina da AMB e Fabio Esteves presidente da Amagis-DF.

O evento será em Brasília, de 10 a 12 de maio, no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT). A iniciativa, inédita no Judiciário, tem como tema “A identidade negra na magistratura brasileira”. A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, recebeu o convite para o evento nesta quinta-feira (20). Inscreva-se aqui.http://www.amb.com.br/novo/?page_id=35819

Entregaram o convite para Cármen a presidente interina da AMB, Julianne Marques, e dos coordenadores do evento, juízes Fábio Esteves, presidente da Associação dos Magistrados do Distrito Federal (Amagis-DF) e Edinaldo César Santos Junior, diretor do departamento de Direitos Humanos da Associação dos Magistrados de Sergipe (Amase).

O evento será promovido pela Amagis-DF e Amase, com apoio da AMB. No encontro serão discutidas a intersecção de gênero e raça no debate sobre desigualdades, a importância de uma identidade negra e a promoção da igualdade racial na magistratura brasileira.

“Trata-se de reflexão acerca da necessidade de democratização racial na magistratura como também da existência ou não de uma identidade negra constituída e ativa entre os juízes e juízas negros brasileiros”, afirma Fábio Esteves.

Para Edinaldo César Santos Junior, “a construção de identidade pressupõe uma relação dialógica, uma interação entre os participantes de um determinado grupo.  Não é possível construir identidade em isolamento”. Os magistrados destacam ainda que a discussão é para toda magistratura.

O negro na magistratura:

A ação da continuidade a iniciativas tomadas pela AMB desde 2005, quando a associação realizou levantamento do perfil dos magistrados. Na ocasião, os pretos representavam menos de 1% e os pardos 11,6% do total de juízes filiados. Em 2015, em nova pesquisa, coordenada pela cientista política e professora Maria Tereza Sadek, da Universidade de São Paulo (USP), a AMB apurou que  os pretos eram 1,3% dos associados e o pardos 12,4%, num universo de 3.667 magistrados filiados que responderam à pesquisa, o que corresponde a aproximadamente 30% dos associados à AMB.

Em 2014, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) divulgou o resultado do primeiro Censo do Poder Judiciário. Os dados apontaram que 14% dos magistrados se declararam pardos e 1,4% pretos.

Inscrição:

A inscrição é gratuita e aberta à participação de todos os magistrados, associados ou não.


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