Torcedor punido terá de prestar serviços comunitários na hora do jogo
Autoridades responsáveis pela segurança nos estádios anunciaram, nesta segunda-feira, um pacote de medidas contra a violência no futebol paulista. Entre as mudanças divulgadas pela FPF (Federação Paulista de Futebol), o MP-SP (Ministério Público de São Palo) e a SSP (Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo) está a implantação do serviço comunitário para o torcedor que for impedido de ir ao estádio.
Hoje, quem for punido por algum tipo de ocorrência relacionado a futebol é banido temporariamente dos estádios e precisa se apresentar à delegacia na hora dos jogos. O problema é que, na prática, esse mecanismo não funciona tão bem.
Agora, os torcedores "banidos" terão de prestar serviços comunitários por seis horas, que se iniciam duas horas antes das partidas e se encerram duas horas depois.
Entre os locais escolhidos para a prestação de serviços estão o IML (Instituto Médico Legal), o Instituto de Criminalística, o Corpo de Bombeiros e o Centro de Reabilitação Lucy Montoro.
"Muitos torcedores se envolvem em casos em que as vítimas ficam com sequelas. O Centro de Reabilitação Lucy Montoro é um bom local para ver como é a luta pela vida e como é duro o trabalho de reabilitação. Nos outros órgãos, eles vão prestar serviços administrativos.
Essa é medida considerada mai importante do pacote anunciado pelas autoridades, que tentam aprimorar a luta contra a violência no futebol paulista depois de um primeiro semestre marcado por muitos conflitos e até mortes em torcidas organizadas.
"Nada dará certo se a impunidade prevalecer. A partir do momento que os torcedores, os baderneiros perceberem que há punição, vão pensar várias vezes antes de praticar a violência. A Justiça será rápida e eficaz", disse o secretário de Segurança Pública Alexandre de Moraes.
Além da exigência do serviço comunitário, as autoridades também anunciaram a implantação de delegacias móveis nos estádios. A ideia é aumentar o potencial de atendimento de ocorrências da Polícia Militar em um dia de jogo.
Por último, e não menor importante, há uma mudança estratégica da Secretaria de Segurança. A partir de agora, ocorrência do entorno dos estádios serão encaminhadas ao Juizado do Torcedor, setor especializado em violência no futebol. Até hoje, os casos eram levados a uma delegacia de polícia comum, o que por vezes atrasava o processo de apuração.
Segundo o secretário, quaisquer indício de crimes relacionados ao futebol estará na competência do Juizado do Torcedor. "Antes havia uma dificuldade. O caso ia para uma delegacia comum e muitas vezes, com a impossibilidade de individualização dos crimes, todos eram liberados. Agora eles estarão sob o olhar das pessoas que conhecem essa rotina. Essas medidas não são a solução final para tudo e ainda há outras sob análise. É um processo evolutivo, disse o secretário.
Autor: Vagner Magalhães
Fonte: UOL, em São Paulo
Hoje, quem for punido por algum tipo de ocorrência relacionado a futebol é banido temporariamente dos estádios e precisa se apresentar à delegacia na hora dos jogos. O problema é que, na prática, esse mecanismo não funciona tão bem.
Agora, os torcedores "banidos" terão de prestar serviços comunitários por seis horas, que se iniciam duas horas antes das partidas e se encerram duas horas depois.
Entre os locais escolhidos para a prestação de serviços estão o IML (Instituto Médico Legal), o Instituto de Criminalística, o Corpo de Bombeiros e o Centro de Reabilitação Lucy Montoro.
"Muitos torcedores se envolvem em casos em que as vítimas ficam com sequelas. O Centro de Reabilitação Lucy Montoro é um bom local para ver como é a luta pela vida e como é duro o trabalho de reabilitação. Nos outros órgãos, eles vão prestar serviços administrativos.
Essa é medida considerada mai importante do pacote anunciado pelas autoridades, que tentam aprimorar a luta contra a violência no futebol paulista depois de um primeiro semestre marcado por muitos conflitos e até mortes em torcidas organizadas.
"Nada dará certo se a impunidade prevalecer. A partir do momento que os torcedores, os baderneiros perceberem que há punição, vão pensar várias vezes antes de praticar a violência. A Justiça será rápida e eficaz", disse o secretário de Segurança Pública Alexandre de Moraes.
Além da exigência do serviço comunitário, as autoridades também anunciaram a implantação de delegacias móveis nos estádios. A ideia é aumentar o potencial de atendimento de ocorrências da Polícia Militar em um dia de jogo.
Por último, e não menor importante, há uma mudança estratégica da Secretaria de Segurança. A partir de agora, ocorrência do entorno dos estádios serão encaminhadas ao Juizado do Torcedor, setor especializado em violência no futebol. Até hoje, os casos eram levados a uma delegacia de polícia comum, o que por vezes atrasava o processo de apuração.
Segundo o secretário, quaisquer indício de crimes relacionados ao futebol estará na competência do Juizado do Torcedor. "Antes havia uma dificuldade. O caso ia para uma delegacia comum e muitas vezes, com a impossibilidade de individualização dos crimes, todos eram liberados. Agora eles estarão sob o olhar das pessoas que conhecem essa rotina. Essas medidas não são a solução final para tudo e ainda há outras sob análise. É um processo evolutivo, disse o secretário.
Autor: Vagner Magalhães
Fonte: UOL, em São Paulo
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