Sônia Guajajara, “a esperança está na resistência”
Desde que Sônia Bone de Souza Silva Santos, mais conhecida
por Sônia Guajajara, foi lançada em 3 de fevereiro de 2018, pelo Setor
Ecossocialista como pré-candidata à Presidência pelo PSOL (Partido Socialismo e
Liberdade), as eleições de 2018, Guajajara tornou-se a primeira mulher de origem
indígena à concorrer para um cargo de
tamanha relevância no Brasil. Mediante a este fato, passamos a conhecer um
pouco mais da história desta militante do povo Guajajara/Tentehar, que habita
nas matas da Terra Indígena Arariboia, no Maranhão.
Sônia aos 15 anos, deixa pela primeira vez seu povo para
cursar o ensino médio em Minhas Gerais, ajuda essa que veio pela Funai. Ao retornar
para o Maranhão, formou-se em Letras, Enfermagem e fez pós-graduação na área de
Educação Especial.
Militante indígena e ambiental desde sua juventude nos
movimentos de base, Guajajara fortaleceu sua caminhada quando passa a ocupar
cargos importantes como a coordenação das organizações e articulações dos povos
indígenas no Maranhão (COAPIMA), ocupou à coordenação executiva da Articulação
dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), passando também pela Coordenação das
Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB).
A Maranhense chegou ao Congresso Nacional como forte aliada contra
a uma série de projetos que retiravam direitos e ameaçavam o meio ambiente passando
também a ganhar projeção internacional pela luta travada em nome dos direitos
dos povos originários.
Com voz no Conselho de Direitos Humanos da ONU, levou denúncias
às Conferências Mundiais do Clima (COP), nos anos de 2009 à 2017, para o Parlamento
Europeu, entre outros órgãos e instâncias internacionais. Em 2010 entregou para
a Ministra da Agricultura na época Kátia Abreu, o prêmio Motosserra de Ouro, em
protesto contra as alterações do Código Florestal.
Convidada pela cantora Alicia Keys, quando se apresentou no
Rock in Rio, discursou contra o governo Temer e pela demarcação de terras
indígenas sendo ovacionada pelo público presente ao concerto.
Sônia já foi homenageada com prêmios e honrarias de grandes
portes como o Prêmio Ordem do Mérito Cultural 2015 do Ministério da Cultura,
entregue pela então presidenta Dilma Rousseff, agraciada com a Medalha 18 de
Janeiro pelo Centro de Promoção da Cidadania e Defesa dos Direitos Humanos
Padre Josimo, em 2015, e com a Medalha Honra ao Mérito do Governo do Estado do
Maranhão, pela grande articulação com os órgãos governamentais no período das
queimadas na Terra Indígena Arariboia.
Sônia Bone de Souza Silva Santos, Nascimento 6 de março de
1974 (44 anos), Terra Indígena Arariboia, MA, formada pela Universidade
Estadual do Maranhão, mãe de três filhos Mahkai, Yaponã e Ywara, Profissão professora,
enfermeira e política, partido PSOL.
Fontes: Wikipédia, Combate Racismo Ambiental e PSOL 50
Crédito das fotos: Nunah Alle/PSOL
Eduardo Hollanda/Divulgação
Julia Rodrigues
Comentários
Postar um comentário